Documento traz temas relevantes ao mutilateralismo, incluindo experiência brasileiras exitosas que podem fomentar boas práticas no Sul Global

Foi um avanço importante: a última quarta-feira (7), atento aos movimentos do Brasil atual, o Centro Internacional de Água e Transdisciplinaridade (CIRAT) protocolou no GT de Meio Ambiente do governo de transição uma série de sugestões e propostas para a agenda da água e da sustentabilidade. O governo de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva está instalado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
As propostas estão aninhadas sob o guarda-chuva da Cooperação Sul-Sul e Triangular para a Segurança Hídrica, Alimentar e Climática, explica o diretor do CIRAT, Sergio Ribeiro, durante a entrega oficial do documento, acrescentando que o documento traz temas relevantes ao mutilateralismo – numa perspectiva não-colonial –, incluindo experiência brasileiras exitosas que irão fomentar a polinização de boas práticas no Sul Global.
O diretor destacou também a metodologia do programa Cultivando Água Boa, desenvolvido pela Itaipu Binacional, como experiência reconhecida pela Organização das Nações Unidas como uma das melhores práticas de gestão da água em todo o planeta, além do trabalho de implantação de agroflorestas mecanizadas.
A série de propostas entregue ao governo de transição aborda ainda o urgente International Pesticides Standards Alliance (IPSA), em desenvolvimento, que será lançado na Conferência da Água de Nova York, em março de 2023. O objetivo da Aliança é criar padrões internacional para o uso de agrotóxicos e banir as substâncias que sejam comprovadamente danosas às pessoas e ao meio ambiente.
O documento de duas páginas também menciona outros temas emergentes no campo da sustentabilidade, como o International Panel on Water Structure (IPWS) e o nexo Água, Cultura e Patrimônio que vem sendo defendido nos últimos anos pelo Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (International Council on Monuments and Sites/ICOMOS).
